Dia Mundial do Meio Ambiente 2022: Como repensar o descarte de resíduos plásticos?

Embalagem descartável no Brasil

No Brasil, produzimos por ano 500 bilhões de itens descartáveis de uso único como pratos, talheres, copos, sacolas plásticas e canudos e embalagens plásticas.

Um monte de lixo utilizado uma única vez, mas poluindo o planeta por séculos.

Por muito tempo a solução deste tema foi baseado em reciclar este plástico, mas sabe-se que apenas uma pequena parcela deste material de fato é encaminhado para a correta destinação.

Logística Reversa – Responsabilidade de quem fabrica

No Brasil, com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) a logística reversa foi estabelecida como um dos instrumentos de implementação do princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

Pequenas empresas que não tem condições de fazer sozinhas essa ação podem contratar empresas parceiras para tal fim.

Este é o caso da Mandala Comidas que faz sua compensação ambiental usando os serviços da EuReciclo – https://www.eureciclo.com.br/

Compensamos todas as nossas embalagens de refeições (feitas em papel com filme plástico) e nossas embalagens plásticas de bolinhos e pães. Além dos plásticos utilizados durante a produção como luvas e plástico filme.

Nem tudo entra na logística reversa de lixo

Os resíduos de produtos de plástico descartável, como talheres, sacolas, pratos e copos, a PNRS não prevê responsabilidades ou tratamento diferenciado. Sem valor para o mercado de reciclagem, os produtos descartáveis se tornam rejeitos.

Para impedir os resíduos plásticos, precisamos reduzir a quantidade de plástico descartável, desnecessário e problemático, produzido na fonte.

Fonte: https://abrelpe.org.br/panorama/

Que solução temos para plásticos de uso único?

Essa abordagem está alinhada com os princípios da Economia Circular e abre espaço para o desenvolvimento de negócios inovadores, novas tecnologias e mercados que favorecem a reutilização de embalagens, parte crucial da solução para a poluição plástica.

Na substituição do plástico para a produção de embalagens e utensílios descartáveis, se destacam materiais inusitados e inovadores, a exemplo de copos feitos de polpa de mandioca, embalagens à base de algas e pratos de bagaço de cana-de-açúcar.

Entram em cena plásticos de fontes renováveis e biodegradáveis.

O que a Mandala tem feito?

E foi pensando em tudo isso que a Mandala resolveu mudar: e nossa sacola de entrega agora é naturalmente biodegradável em compostagem ou aterros sanitários.

A Mandala substituiu 12 mil sacolas plásticas no ano por sacolas compostáveis produzidas através de bioplásticos que utilizam exclusivamente recursos de fontes renováveis agrícolas, como a mandioca.
A Coordenadora de Marketing comenta que esta foi uma decisão ousada da empresa “a Mandala optou em abrir mão da sacola com seu logo e da tradicional cor vermelha da marca por uma sacola neutra mas sustentável. Por o bem coletivo a frente da publicidade é uma das diversas ações ligadas às metas sustentáveis do Pacto Global que seguimos.”

Desta forma, criamos uma forma para inspirar e fomentar o consumo sustentável. Prezando pelo correto fechamento do ciclo de vida de cada material. O resultado é a consequente redução de diversos impactos ambientais originados pelos plásticos convencionais e da disposição inadequada dos resíduos orgânicos nos aterros sanitários.

Sacolas de mandioca? Como é isso?

As sacolas são naturalmente biodegradáveis pelos fungos e bactérias presentes na compostagem em média em 30 dias. Assim como os resíduos orgânicos como restos de comida e podas, são separados em conjuntos com as sacolas para serem coletados e destinados à compostagem ou aterros sanitários.

Na compostagem os resíduos orgânicos e os bioplásticos compostáveis são transformados em adubo ao fim do processo. Um ciclo que pode ser repetido infinitamente, trazendo diversos benefícios para mitigarmos nossos impactos ambientais.

As sacolas de bioplásticos compostáveis possuem a grande vantagem de oferecer maiores possibilidades de recuperação pós consumo, pois são materiais tanto recicláveis como compostáveis.

Após receber seus produtos em casa, indicamos reutilizar as sacolas para forrar os cestinhos (contentores) de pia para realizar a coleta seletiva de resíduos orgânicos para encaminhar para a compostagem ou aterros sanitários.

Sua grande e mais nobre aplicação é servir como uma grande facilitadora no exercício dos processos de segregação, armazenamento temporário, coleta seletiva e encaminhamento para processos de recuperação e valorização de resíduos orgânicos separados na origem.

Atualmente, sua adoção em nível global é muito impulsionada, e que com ela possamos cada vez mais desviar estes resíduos compostáveis dos aterros e lixões para eliminação desses desperdícios e seus danosos impactos ambientais.

Saiba mais de nossas Ações Socioambientais aqui.

Referências:

https://abrelpe.org.br/panorama/
https://brasil.oceana.org/relatorios/um-oceano-livre-de-plastico/
www.oeko.com.br