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Segurança Alimentar: Contato Cruzado
7.jun.2024Como você se assegura quando falamos de contato cruzado? Você sabe dos riscos para sua saúde?
Falar sobre contato cruzado, principalmente quando o tema é glúten, é assunto extremamente relevante para a comunidade da restrição alimentar. Porém, este assunto é muito mais complexo, afinal não é apenas avaliar rotulagens, olhar os ingredientes para ver se tem trigo, cevada, centeio ou aveia, ligar para o SAC das empresas entre outras para redução de riscos para a saúde.
Acabamos cometendo alguns erros com frequência, o que gera sintomas da doença e traz desconfortos.
Pensando na saúde dos celíacos, a Raquel Benatti do Rio Sem Glúten traz uma analogia bem esclarecedora sobre este tema:
Ao receber o diagnóstico de DOENÇA CELÍACA, as paredes estão arrasadas, com encanamentos quebrados e reboco comprometido. É preciso consertar o encanamento e fazer um novo revestimento nas paredes. O uso de um bom impermeabilizante é importantíssimo (estamos falando da DIETA SEM GLÚTEN RIGOROSA).
Se a solução for só passar uma tinta por cima (fazer a Dieta sem Glúten mas sem cuidar da contaminação cruzada) pode resolver na hora, mas com o tempo os problemas vão voltar e pode ser muito mais difícil de serem solucionados com 100% de sucesso. – E-book: Preciso cuidar da contaminação cruzada por glúten? – Rio Sem Glúten
Diante de toda essa correria, perguntamos a você como é possível se assegurar e não gerar mais esse tipo de erros?
A nutricionista Juliana Crucinsky nos relacionou alguns erros corriqueiros para nos ajudar a prevenir estes deslizes:
- Não separar a louça, talheres, copos e esponja de lavar, panos de enxugar, compartilhar fornos elétricos, a gás, batedeira, liquidificador, micro-ondas e etc.
- Compartilha, com quem come glúten, as mesmas toalhas de rosto e banho e/ou a mesma pasta de dente e/ou sabão em barra.
- Usar cosméticos com glúten depois do diagnóstico ou continuar usando os cosméticos que tinha antes do diagnóstico, que estão todos gluteinadas.
- Comprar frios (queijos, presuntos…) fatiados em padaria ou supermercados. Temos que comprar ou a peça inteira, ou que tenham sido fatiados na fábrica.
- Comprar produtos orgânicos, sem conferir com o produtor se usa ou não biofertilizantes, que vai farinha de trigo ou farelo de trigo.
- Não lavar muito bem as frutas, legumes e verduras. Para retirar possíveis presenças de farinha de trigo ou palha de trigo (muitas frutas são transportadas sobre a palha do trigo).
- Não checar se as massinhas ou papinhas de bonecas ou outros tipos de brinquedos tenham glúten ou não.
- A ração do seu pet de estimação pode conter glúten… Fique de olho! Se tiver, troque por outra sem glúten.
- Não checar se o açougueiro processa alimentos com glúten na máquina de moer carne ou se faz empanados, contaminando a bancada de cortar carne. Ou se os funcionários têm o hábito de comer no ambiente de trabalho (isto é mais comum que podemos imaginar…)
- Beijar a boca de pessoas que acabaram de comer glúten.
Como as pessoas que sofrem de doença celíaca podem reagir até mesmo à menor quantidade de glúten, precauções especiais devem ser tomadas a fim de evitar o contato cruzado. Enxergar estes descuidos no cotidiano e corrigi-los permite viver sem desconfortos ou sintomas da doença.
E claro, não poderíamos deixar de trazer um manual mais apurado para ajudar em seu dia-a-dia: O Manual do Celíaco. Ele irá lhe alimentar de informações mais objetivas para distinguir o que não se deve fazer.
Mas se pra você, é complicado fazer a dieta de exclusão sem contato cruzado, tem a Mandala pra te ajudar – veja aqui quantas delicias